Para os médicos e demais profissionais da saúde estruturarem sua clínica é um desafio, afinal nos anos de graduação, residência, especialização, não houve a preparação para lidar com a gestão do negócio. Então, como aumentar o lucro da clínica médica? Somente no momento que o médico resolve empreender, o mesmo se depara com um universo cheio de regras, burocracia, impostos, custos de pessoal e de manutenção, fidelização do paciente, preço da consulta, credenciamento e glosas dos planos de saúde; e ainda indagam as seguintes perguntas: como aumentar o lucro da minha clínica médica? O que preciso saber sobre a contabilidades para médicos?
Com o objetivo de apoiar os médicos e demais profissionais da saúde, essa matéria trás 7 dicas de como aumentar o lucro da clínica médica.
1 – CONTROLE FINANCEIRO
Todo empresário precisa controlar se as entradas de recursos são suficientes para pagar as saídas de recursos. Isso é o mínimo! Portanto, para toda gestão de negócio é necessário o controle do fluxo de caixa, afinal o fluxo de caixa de sua clínica médica lhe permitirá as seguintes análises:
A empresa está tendo lucro financeiro?
Quais as 3 principais saídas de recursos da empresa no mês a mês?
O que gera mais entradas no fluxo de caixa: receitas de consultas, receitas de procedimentos e exames ou receitas com cirurgias?
A empresa tem caixa, por que ela tem receita ou por que precisou de recursos do sócio ou de bancos?
O valor a receber é suficiente para pagar quanto tempo das contas fixas?
Para ter o fluxo de caixa da sua clínica médica, recomendamos a utilização de um software financeiro, pois além de serem simples e fáceis, estão preparados para gerar informações rápidas, úteis e relevantes. Cabendo destacar, que quanto mais informações forem inseridas no aplicativo financeiro, tais como classificação das despesas (administrativa, material aplicado, funcionários…), melhor será a qualidade da informação gerada nos relatórios. Essa informações serão úteis para saber como aumentar o lucro da clínica médica.
2 – FOCO NO LUCRO DA EMPRESA
Quando se tem um controle financeiro, alguns gestores incorrem no erro de acharem que estão diante do lucro da empresa. O lucro financeiro é diferente de lucro da empresa (lucro contábil), pois o primeiro somente reflete se as entradas e saídas são suficientes para a empresa girar, enquanto o segundo indica quanto de riqueza foi gerada para os sócios retirarem e terem seus esforços remunerados por lucros.
Algumas empresas têm lucro financeiro, mas não tem lucro contábil, isso é um sinal de ALERTA, pois pode ser que a clínica esteja caminhando para o fracasso.
Mas como saber o lucro da minha clínica médica? Para saber o lucro da sua clínica médica é necessário analisar a Demonstração de Resultado produzida pela sua contabilidade para clínicas médicas. Nesse relatório contábil constará as receitas e despesas da clínica médica, isto é, não será indicado o patrimônio (bens, direitos e obrigações), mas tão somente aquilo que é capaz de aumentar o patrimônio da empresa e os rendimentos dos sócios.
Sugerimos a todo sócio, gestor e investidor, que tem a sua Demonstração de Resultado, a seguinte pergunta: em percentual, o lucro da minha empresa representa quanto da minha receita? Esse índice te indicará a lucratividade do seu negócio e te ajudará a criar estratégias para aumentar a receita e pensar em como aumentar o lucro da clínica médica.
3 – AUMENTAR A RECEITA
O primeiro esforço a se fazer para como aumentar o lucro da clínica médica é o de aumentar as receitas. No caso de clínica médica, podemos afirmar que existem duas formas de aumentar as receitas:
Atendendo mais pacientes – nesse caso o aumento da receita se dará em virtude do aumento no volume de serviços médicos prestados. O cuidado a se ter é com o aumento dos custos fixos (despesas de aluguel, salários, telefonia, manutenção de equipamentos e estrutura), pois caso para aumentar o volume de atendimento, seja necessário aumentar os custos fixos, será necessário avaliar o volume de atendimento mínimo para pagar esses custos fixos (ponto de equilíbrio), para a partir disso começar a ter lucro.
Aumentando o valor das consultas, procedimentos/exames e cirurgias – esse é o melhor cenário, pois o reflexo é imediato no aumento da margem de lucro, uma vez que não ocorrerá aumento de custos diretamente. Todavia, deve-se levar em consideração que o volume de atendimento pode diminuir, e portanto, será necessário incorrer em outros custos para aumentar a capitação de pacientes (custo de marketing, estrutura mais convidativa, atendimento diferenciado…)
4 – AVALIE SEMPRE O CUSTO COM EQUIPE, ESSA É SUA PRINCIPAL DESPESA
Inegavelmente, os recursos humanos são importantíssimos para mover a empresa rumo ao seu objetivo. Por isso, entendemos que fazer a gestão do custo da equipe é essencial, pois quaisquer falhas com a equipe podem ter reflexo em várias áreas da empresa. Cientes disso, consideramos salutar avaliar:
- Com os salários pagos é possível ter uma equipe mais qualificada? Qual o custo para qualificar a equipe?
- Paras as atividades das clínicas é possível contratar empresas (pejotização)?
- A equipe trabalha efetivamente 44 horas semanais? Caso não, pergunte-se: é necessário contratar mais pessoas ou reajustar a carga horária? Afinal, um reajuste de carga horária repercutirá somente em ajuste de salário, enquanto a contratação de uma nova pessoa, implica em mais outros custos tais como: aumento de despesa com vale transporte, alimentação, equipamento de trabalho, espaço para essa pessoa, adaptação com a cultura da empresa e outros custos.
- Sua clínica paga hora extra? Se sim, por que não implantar o banco de horas;
- O plano de saúde que você oferece é ambulatorial ou hospitalar? Seria mais econômico oferecer plano ambulatorial, no entanto, é preciso conscientizar a equipe da importância da prevenção;
- A clínica pode fomentar uma política de estagiários, pois além de reduzir o custo da equipe, investe no desenvolvimento de jovens.
- Contratar por demanda seria uma alternativa viável para sua clínica? Atualmente, existe o contrato de trabalho chamado de Intermitente, no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador.
- Fazer processo seletivo mais assertivo, para evitar custos com demissões. No mercado, existem software/aplicativos de assessment, que auxiliam nesse processo, por meio da definição do perfil comportamental para vaga e depois a avaliação se o perfil da pessoa se encaixa ao do perfil pré-definido.
Ao avaliar sobre os pontos acima, certamente, você precisará da assistência de sua contabilidade para médicos, afinal, ela tem todo o conhecimento para lhe apoiar. Portanto, não existe em acionar sua contabilidade para médicos.
5 – VIGIE OS CUSTOS/DESPESAS FIXAS
Qual a diferença entre custos/despesas fixas e variáveis?
Variáveis: são aqueles custos ou despesas que variam proporcionalmente ao volume de prestação de serviço, isto é, se tem mais receita de prestação de serviços, tem-se mais custo ou despesa variável. (Ex: material aplicado, a remuneração do médico por hora, receituário…)
Fixos: são aqueles custos ou despesas que não variam o volume de prestação de serviço, isto é, tendo ou não tendo tem receita de prestação de serviços, esse custo ou despesa se mantém. (Ex: alugueis, pessoal administrativo, condomínio, manutenção de equipamentos, consultorias, material de escritório…)
É sabido que custos e despesas fixas pesam para empresa, pois faturando ou não a empresa terá de arcar com eles. Dessa forma, podemos dizer que os custos fixos são o vilão do fluxo de caixa, pois tendo caixa ou não, eles estão consumindo recursos. Diante disso, o melhor é focar na operação tendo custos variáveis do que custos fixos. Afinal, o custo variável somente ocorrerá se houver demanda/faturamento.
6 – DE OLHO NAS DESPESAS FINANCEIRAS
No início da clínica médica ou em um momento de ampliação é comum que a conta recebimentos menos pagamentos não seja positiva, portanto, será necessário a utilização de capital de terceiros ou de capital próprio (aporte dos sócios ou utilização dos lucros auferidos ao longo do tempo). No caso do capital de terceiros, o médico já começa a se deparar com a necessidade de gerir as despesas financeiras (juros, multas, taxas…), que podem ser um fantasma (se não houver controle) ou podem ser uma estratégia de alavancagem (o retorno com a destinação desse capital será maior que as despesas financeiras).
Para uma boa gestão das despesas financeiras o pagamento dessa dívida com terceiros deve estar no fluxo de pagamento; e o fluxo deve ser projetado de forma que o gestor perceba quanto de receita/recebimento a clínica tem que alcançar para honrar as dívidas e obter lucro.
7 – FAÇA O ORÇAMENTO E CONFRONTE COM O REALIZADO
O orçamento nada mais é que a META da clínica médica para determinado período. Portanto, o papel do orçamento é essencial para que a empresa não se perca no meio do caminho e fique sem rumo.
Tendo em vista que o orçamento é a meta, deve-se ter o cuidado de estabelecer metas possíveis, afinal, caso os propósitos apresentados sejam inviáveis, não haverá engajamento da equipe, dos gestores e dos sócios, e logo, o orçamento será uma certificação de fracasso.
O orçamento é um planejamento da empresa, no qual são indicados:
- Os valores esperados de cada despesa necessária,
- Os lucros esperados pelos sócios,
- Os valores das receitas necessárias para pagar as despesas orçadas e pagar os lucros dos sócios.
Visto isso, recomendamos que toda clínica médica tenha seu orçamento projetados, bem como todos os gestores tenham ele a mão, pois o orçamento é a visão de futuro tão esperada e que movimentará cada esforço no dia-a-dia.
É importante saber por que escolher uma contabilidade para clínicas médicas, e a Camargos Contadores & Associados, empresa de contabilidade em Brasília, é especializada nessa área e se coloca a disposição para auxiliar-lo na análise e implantação dessas dicas. Será um grande prazer ajudar a sua clínica médica, a aumentar os lucros.
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